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O Matemático

Relato rápido de um encontro cheio de cálculos.

Encontro marcado, chego ao motel.

Dou um toque no celular para que ele abra o portão, o portão se

abre lentamente e me deparo com um rapaz aparentemente bo-

nito e atraente.

Nos cumprimentamos e subimos para o quarto, estava muito calor e eu

pedi para tomar uma ducha, ele já estava todo animado me espe-

rando. Eu nem coloquei roupa, fui de toalha para a cama. O cara

tinha pegada e não fez rodeios para me atacar. Vira, sobe, desce,

para cima, para baixo, nossa que calor! o ar condicionando do quarto não estava gelando e ele nem se importava. Sinceramente, prefiro o

inverno para atender.

Transpirávamos muito, daí ele para e pergunta: "você ganha

quanto por mês?". Aff... Que pergunta mais inoportuna. Eu disse


que eu não conseguia refletir, afinal, aquele não era o momento

de pensar nisso.

Mas ele insiste, quantos programas você faz por dia? Eu disse

mais ou menos, daí ele começa a fazer contas, se você faz tanto

por dia vezes tantos por semana, então você deve ganhar tanto

por mês. Isso tudo na hora H no melhor momento da transa, e eu pedia: esquece isso querido vamos curtir.

Ele pergunta você também trabalha aos sábado? E domingo? Por-

que eu só contabilizei de segunda a sexta, senão dá mais dinheiro $!

Nossa que situação mais chata. Parecia que isso dava prazer a

ele porque ele perguntava tudo isso me comendo com força e muita

vontade. Ele resolve me pegar de quatro ele fode pra caralho!!!. Mas não para de fazer perguntas, me

pegou pelos cabelos e no meu ouvido resmunga fala a verdade loira? Você anda de carro popular só pra disfarçar né? Eu grito que

NÃOOOOOOOOOOOOO!!!!! CARAMBA!

E ele também da um grito e goza intensamente...

Eu me levanto e vou para o banho, eu estava em sopa de tão

suada e um pouco nervosa.

Ele cai na cama largado e depois levanta cantando, toma ba-

nho e já coloca a roupa, e eu faço o mesmo.

Ele diz ter me curtido, e me paga o combinado.

Eu, meio irônica não resisto e pergunto, "você é professor de

matemática? Ou contador?"

Ele me olha, E diz: sorri e reponde: "Eu sou médico cardiologista".

Nos despedimos rindo o e fomos embora.

Ele era gente boa.

Se for realmente verdade, eu acho que ele quis testar o meu coração por-

que com tantas perguntas sobre a minha vida financeira? Curioso, Invasivo!

Não achei legal.


Suzy Vieira


 
 
 

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