O Namoradinho
- Suzy Vieira
- há 5 dias
- 3 min de leitura
Amigos, como sempre faço todos os dias, olho as minhas mensagens antes de fazer as minhas obrigações.
Entre tantos, recebi uma mensagem que pelo nome eu jurava que era
um japonês, fiquei animadinha, eu atração pelos orientais e isso não
é segredo para ninguém.
Ele disse que morava em Indaiatuba, era casado e
estava à procura de alguém bem discreta para namorar.
Namorar??? Eu pensei, por que ele não entra em site de namoro? eu sou uma profissional do sexo, com certeza deve ser mais um engraçadinho querendo namorar só para comer de graça, eu já estou farta desse papinho,
e eu não estou a procura de um namorado! mas respondi de forma bem-educada ao possível japonês.
No início achei que ele deveria ser um japonês convencido
porque disse que era bonito, bem equilibrado, culto, formado,
falava três idiomas, calmo e carinhoso. Pensei... O quanto ele
vai querer cobrar de mim? Com tantas qualidades, ele deveria
ser muito caro.
Mas, aos poucos, a loira foi entendendo. Ele dizia nunca ter
contratado uma profissional do sexo, eu acho pouco provável, muitos vem com essa mesma conversinha e eu não vou acreditar nisso, mas diz ter se
atraído por eu ser estilo namoradinha, pois ele dizia gostar
de meiguice. Achei diferente, ele escreveu: "Se você
for tão meiga e carinhosa como parece ser, tenho certeza de que
ganhará mais que um bom cliente, um amigo".
Com essa frase, meu coração amoleceu.
Porque mesmo que para alguns clientes, eu tenha que ser brava,
dominadora, ativa e autoritária, na verdade eu só sou "eu mesma",
quando beijo na boca, faço carinho, a minha essência é de uma mulher romântica, sonhadora, adoro ficar abraçadinha depois que
eu gozo. E ele conseguiu me interpretar por meio do meu site.
Encontro marcado, eu chego mais cedo e fico na entrada do
motel esperando. Naquele horário não havia movimento, um
carrão entra, e eu pensei: "é ele!" Minutos depois chega uma
mensagem no celular com o número da suíte. Eu entro na certeza de que estou indo ao encontro de um japonês. Chego nervosa
porque pelas mensagens ele me parece um homem muito exigente, e
também mora em Indaiatuba, estou correndo o risco de encontrar um conhecido.
Quando me deparo com um homem alto, loiro, de olhos claros, uns 32 anos e bonito. Realmente, ele era tudo o que escreveu, só não era um japonês.
Eu, surpresa em todos os sentidos, disse: "pensei que você fosse
um japonês". Ele diz: "eu imaginei", e rimos.
Fui recebida com beijos quentes e tratada com muito carinho
e, principalmente respeito. Ele era um homem doce, além de
bonito e inteligente, me pegou no colo para conversarmos, nossa... me senti a sua namoradinha. Ele era calmo, carinhoso e tinha uma conversa de homem culto, o que mais eu ia querer de um namorado? Mas naquele momento eu sentia orgulho do título que ele me deu.
E foi assim que nos comportamos, como dois namoradinhos
no auge do tesão.
A impressão era de que já nos conhecíamos, mas é que estava
tão gostoso, a intimidade era plena, e com tantos beijos e chupadas a roupa foi saindo, nem lembro como, mas quando nos deparamos, já estávamos nus e fazendo um sexo gostoso, a entrega foi total. Um sexo trivial, eu sai um pouco da minha rotina, com tantos fetiches e fantasias, poucos homens fazem sexo como antigamente, fazia tempo que eu não fazia um Papai e Mamãe tão gostoso, acho que eu estava com saudades do simples, do normal, do trivial. Quando na melhor hora e celular dele toca... Era o sócio!..Aff... Sociedade é um problema mesmo!!! Ele disse que estava comprando alguma coisa, eu acho, e eu ali bem quietinha pelada e suando de tanta pegação.
Ele fez questão que eu gozasse, e eu não me reprimi, aproveitei de todas as formas: maquiagem borrada, descabelada, eu confesso... foi delicioso.
O celular dele toca novamente, provavelmente era o sócio de
novo, mas já estávamos saciados, tomamos uma ducha e nos despedimos, ele muito gentil, me ofereceu uma ajuda particular, um
apoio como amigo, já que a sua profissão é de grande importância em
qualquer situação.
Eu, desconfiada agradeci, tenho receio de expor a minha
Vida pessoal.
É o tipo de homem realmente para namorar, se ele já não fosse casado
certo?
Ele também me ofereceu uma "ajuda sexual" se eu precisasse. Mas é quase impossível vivendo na putaria.
Mesmo assim agradeci e nos despedimos.
"Pensando nesse namoradinho, analiso o que eu realmente espero de um HOMEM e que dificilmente eu encontrarei, porque eles vivem empreendendo e fazendo negócios e não ficam em plataformas.
Mas eu acho que não da mais tempo de volta atrás...

Suzy Vieira
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